Iansã é o nome dado por Xangô à Oyá, fazendo referências ao entardecer.
“Tradução é mãe do céu rosado ou mãe do entardecer, por isso que Xangô a chamava desta forma”.
Oyá, radiante, linda como o entardecer e como céu rosado. É a deusa da espada de fogo, dona das paixões, rainha dos raios, ciclones e outras tempestades intempestivas.
Dona dos eguns, guia dos espíritos, orixá do fogo. Como orientadora dos mortos, carrega consigo o eruexin, feito com rabo de cavalo, para impor respeito perante aos eguns. Junto usa também uma espada em chamas que lhe faz a guerreira do fogo.
Convivemos diuturnamente com esse orixá, força latente da natureza. Fenômeno natural da vida é a energia viva, pulsante e vibrante que move o mundo.
Orixá da provocação dos ciúmes, mas também a geradora das grandes paixões e dos grandes desejos, incluindo os sexuais.
A Iansã é irrequieta; autoritária; sensual; disputa pelo ser amado; temperamento muito forte; dominadora e impetuosa; dona dos movimentos que aprendeu dos orixás; dona do teto e do Ilê.
Está presente em todos os campos de batalhas para resolver as grades lutas, principalmente nos caminhos cheios de riscos e não é muito chegada aos afazeres domésticos.
Como guardiã de um dos mistérios de Olorum, ela anula as injustiças e dilui os acúmulos emocionais. Tem como atributos atrair os espíritos negativos, recolhendo para os seus domínios até que se esgotem os seus negativismos, para só devolve-los neutros e calmos, para onde serão novamente redirecionados para a luz ou reencarnação.
Mitologia
Mesmo ela tendo sido a esposa de Xangô, percorreu vários reinos convivendo com vários orixás, somente não conseguiu o seu intento com Xapanã “Obaluaê”, pois ele nunca se relaciona com ninguém. Dessa forma fez uso de sua inteligência astucia e sedução para aprender e conhecer todos. Com Xapanã aprendeu a tratar dos mortos, conviver com eguns e controlar os mesmos. Iansã com Xangô dono do trovão, aprendeu a viver com fartura e, também, o manuseio do raio e amar verdadeiramente.
Oxum exerce grande influencia na raça humana, principalmente no comportamento no lado teimoso, manhoso, na esperteza maquiavélica de cada um, ciumenta e chorosa.
Oxum é o charme, pôse, dengue, sutileza, cochicho, segredinho, comentários até intrigas. E tudo que está ligado à sensualidade. Esta é força que desenvolve tais sentimentos e comportamentos nos indivíduos, sendo o sexo feminino o mais influenciado. Ela é também o amor puro, real, maduro, sincero, calmo e romântico, aquele que dura a toda a vida, é a paz no coração, mas com certeza através de Oxum, não terás paixão. É a energia pura do amor.
Os filhos de Oxum estão muito ligados as feitiçarias e bruxarias, por o Orixá, ter uma ligação com Yámi Osorongá.
Oxum e Bará (Exú) são responsáveis pela fecundação, pois fazem a multiplicação das células mãe, que vai gerar os bebês no útero materno. Como Oxum é a rainha das águas ela vai reger a gestação do bebe em bolsa de água na barriga da mãe, Sem duvida é um dos fenômenos da natureza mais fascinantes, pois é o inicio da formação da vida. Tomando conta até os nascimentos depois entregando para Iemanjá. É carinhosamente chamada de Mamãe por ser a padroeira da gestação e fecundidade.
“Quando amamos alguém é porque Oxum está vivo dentro de nós”.
Mitologia
Oxum filha de Oxalá, sempre foi muito curiosa, mimosa, manhosa e bisbilhoteira, mas interessada em aprender de tudo. Como sempre conseguia tudo do pai. Oxalá queria saber de algo, consultava Ifá. O Senhor da adivinhação, para que ele visse o destino a ser seguido. Isto intrigou Oxum, que pediu ao pai para aprender a ver o destino, ele disse à filha; que tal poder pertence à Ifá. Que foi dado a Exu o conhecimento de ler e interpretar os búzios- Pergunte a Exu, pois ele tem o poder de ver os búzios! Exú negou o pedido e Oxum usou de uma artimanha para conseguir pegar o saco de búzios, mas ates adentrou na floresta para aprender feitiçaria com Yámi Osorongá. Como ela não tinha muita afinidade com Bará lhe ensinou. Chegando em casa procuro o pai “Oxalá” e lhe contou tudo. O dono da adivinhação admirado pela inteligência e coragem da Oxum lhe concedeu o segredo do jogo, só advertiu que teria que ser feito em conjunto com Exú.
A Oxum também foi uma das esposas de Xangô. Assim como Iansã e Obá. Dentro da nossa observação constatamos que é o único Orixá que tem uma cidade hoje que leva seu nome; Osogbo na Nigéria onde ocorre o festival anual para Osun.
Orixá dono de todas as águas doce, senhora do ouro, da fecundidade da felicidade nos casamentos e proteção das crianças até doze anos. É um dos orixás do mel. (cabeça grande).
Panda Ibeji: adjuntós com Xangô Agandjú Ibedji;
Panda: adjuntós com Bará Agelú ou Ogum Adiolá ou Xangô Agandjú ou Oxalá Bocum ou Oxalá Olocum;
Demun: adjuntós com Ossanha ou Oxalá Olocum;
Olobá: adjuntós com Xangô Agodô ou Xapanã Belujá;
Docô: adjuntós com Oxalá Jobocum ou Oxalá Orumiláia.
Animais: quatro pés; cabrita branca ou amarela, já pronta.
Aves: meio quatro pés; patas brancas e galinhas amarelas.
Número: oito (08) ou múltiplos.
Cor: amarela
Dia: sábado.
Guias: amarelas, o tom depende da característica do orixá.
Ferramentas: todos os adorno de embelezamentos femininos em cor dourada,leques,peixes,coração,buzios e moedas.
Ervas: ervas, cidreira e doce,camomila, jasmim, lágrimas de Nossa Senhor, vitoria regia,gengibre, agrião,coentro,alface, avenca, cana de açucar, cravo da india,fava de oxum,girasol, poejo, vassorinha de oxum,cebola, assa de peixe, chuchu, lirio amarelo e rosas amarelas.
Frutas: mamão, melão, uva dedo de dama,maçã, caju, pêra, morango, banana da terra, e ouro, laranja, damasco, goiaba, bergamota e pêssego.
Secretismo: Oxum Pandá: Nossa Senhoras
Oxum Demun: Nossa Senhora das Graças,
Oxum Docô: Nossa Senhora da Aparecida.
Saudação: Iê iêu!