Ode é o Orixá da caça, também chamando em Yorubá de Ode Wawá, ou seja, “caçador dos Céus” ou Ibô, o caçador. Ele responde pela fartura, abundância e prosperidade. Pelo seu lado negativo, pode ser também o responsável pelas influências e as faltas de energias positivas e provisão.
Suas principais características são a ligeireza, astúcia, sabedoria e o jeito ardiloso para faturar sua caça. É um Orixá de contemplação, amante das artes e das coisas belas.
Como todos os outros Orixás, Ode também está no dia a dia dos seres vivos, convivendo intimamente conosco. A cada momento encontramos o Orixá da caça presente na nossa vida. Pois ele rege as lavouras, os plantios permitindo boas colheitas é o provedor da nossa alimentação. Ode é a fartura, riquezas, são a carne que comemos e o provedor das nossas alimentações. Ele está também ligado às artes, pintura, esculturas, musica, nos passos das danças e esta presente no canto dos pássaros e das cigarras.
Mitologia
Sempre foi muito querido pela família, pelo seu temperamento calmo, compreensivo, amigo e respeitador. Ode, filho de Iemanjá e irmão de Ogum e Exu. Entretanto era muito tranqüilo sempre protegido por Ogum que o apresentou a Ossanhã para lhe ensinar quais os animais que podia caçar. Ode é o senhor da arte de viver.
Estes dois orixás no batuque são cultuados juntos, são protetores das matas, dos animais. selvagens e silvestres. São responsáveis pelo equilíbrio e pela subvenção das pessoas.
Ode e Otim em alguns seguimentos religiosos são vistos como duas pessoas, mas no batuque são representados por uma só. Deste ponto de vista, poderemos admiti-los como hermafroditas.
Ode Adjunto com Otim; rara exceção com Iemanjá Bocí, no caso Otim. Passa para passagem
Animais:
Quatro pés: casal porco (suíno) pretos
Aves: meio quatro pés; casal de angolistas e galos e galinha de cor. Se for com Iemanjá um angolista macho e uma galinha branca.
Números: Sete (07) ou múltiplos.
Cor: azul forte e branca,
Dias: Segunda feira ou sexta-feira que é dia de Iemanjá, que é mãe de Ode, depende da origem da formação religiosa (bacia).
Guias: Azul forte e branca. Quem cultua Otim azul forte e rosa.
Saudação: Oquebambo.
Oferendas: Costela ou lingüiça de porco, couve ou feijão miúdo, ovos cozidos. Quem cultua Otim, chuleta de porco.
Ferramentas: Arco e flecha funda ou bodoque, búzios e moedas.
Sincretismo: Odé =São Sebastião e Otim = Santa Ifigênia.