builderall

Iemanjá

Iemanjá no Batuque
 
A majestade das águas, mares e os oceanos são as ondas do mar, os maremotos, a praia em ressaca, considerada também como mãe de todos os Orixás, regente dos lares, protetora da família e dona dos pensamentos, raciocínio e inteligência. É também considerada a Deusa das Pérolas, Iemanjá é quem apara a cabeça dos recém nascidos.
 
É a força da natureza, e também tem um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que vai cuidar dos lares e casas das pessoas. É Iemanjá que dará o sentido de “família” para a humanidade que vive debaixo de um mesmo teto. Ela gera personalidade das famílias, pai, mãe e filhos. É a base da formação de uma família.
 
Dentro dos cultos, nos templos ou terreiros, Iemanjá atua organizando e dando sentindo ao grupo, e comunidade religiosa ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar, fazendo criar raízes e dependências entre si, proporcionando o sentimento de irmandade entre pessoas que se conhecem há pouco tempo. Iemanjá é quem não deixa morrer dentro de nós o sentido de amor.
 
Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no nascimento, pois é ela que vai amparar a cabeça do recém nascido neste mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. É natural que até os 12 anos os orixás que cuidam dos rebentos são Xangô e Oxum.
 
Ela é a protetora dos pescadores é quem proporciona boas pescarias, também rege os seres aquáticos e prove o alimento vindo de seu reino.
 
Mitologia
Filha de Olokun, Iemanjá nasceu nas águas. Teve três filhos: Ogum, Oxossi e Exu.
Ela vivia sozinha, mas sabia que seus filhos seguiram seus destinos, Ogum seu filho mais velho partiu para suas conquistas, exu saiu a correr o mundo e o mais novo Ode (Oxossi), se encantou pela floresta fazendo dela sua morada.
 
Alguns orientadores espirituais cultuam Nanã como uma espécie de Iemanjá velha, mas, nos parece que um orixá que se entrelaça com os demais sem ligação direta com Iemanjá.
 
NANÃ
No Portal entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Que é a fronteira do desligamento da vida para morte. Sua regência coube a Nanã. Senhora e geradora da morte (Iku). Dona dos pântanos e águas lamacentas e chuvas e tempestade, estando presente nestes lodaçais, pois nasceu do contanto da água com a terra, formando, lama dando origem à sua própria vida. Mãe da varíola e se faz presente quando tem doenças epidêmicas, é de origem Jeje, da religião da Dassa Zumê e Savê, na Republica de Benin, antigo Daomé.
 
Todos os Orixás, lhe respeitam e a temem. É a mais velha e poderosa. Nanã é o encantamento da própria morte. Seus cânticos são súplicas para que leve a morte (Iku), para muito longe e venha permitir que a vida seja mantida.
 
Nanã nas casas de religião em que é cultuada, é também temida, pelo poder que ostenta. Na África, Nanã é chamada de Iniê e seus assentamentos são sagrados e é salpicado de vermelho. Nanã e uma Iabá  “orixá feminina” a mais velha de todos foi anexado no ritual iorubano pela sua importância de poder conhecer a morte para se ter a vida.
 
Nanã é boa mãe, querida, carinhosa, compreensível, sensível, bondosa, mas quando irada, não reconhece ninguém. Devemo-nos a Nanã o Maximo de respeito e muito carinho por ser ela o Orixá da vida que representa a morte.
 
Mitologia
Nanã, mãe de Xapanã, Ossanhã, Oxumarê e Ewá, elegante senhora de Dassa Zumê, nunca se meteu com ninguém e sempre se preocupou com a sua própria vida e dos seus filhos. Embora nanã sempre exigisse respeito por tudo o que lhe pertencia.
Por uma quizila que teve com Ogum, Nanã aboliu dentro dos seus domínios o uso de metais, e até hoje nada pode ser feito com esse tipo de material para ela.
Iansã no Batuque
 
Iansã é o nome dado por Xangô à Oyá, fazendo referências ao entardecer.

“Tradução é mãe do céu rosado ou mãe do entardecer, por isso que Xangô a chamava desta forma”.

Oyá, radiante, linda como o entardecer e como céu rosado. É a deusa da espada de fogo, dona das paixões, rainha dos raios, ciclones e outras tempestades intempestivas.
 
Dona dos eguns, guia dos espíritos, orixá do fogo. Como orientadora dos mortos, carrega consigo o eruexin, feito com rabo de cavalo, para impor respeito perante aos eguns. Junto usa também uma espada em chamas que lhe faz a guerreira do fogo.
 
Convivemos diuturnamente com esse orixá, força latente da natureza. Fenômeno natural da vida é a energia viva, pulsante e vibrante que move o mundo.

Orixá  da provocação dos ciúmes, mas também a geradora das grandes paixões e dos grandes desejos, incluindo os sexuais.
 
A Iansã é irrequieta; autoritária; sensual; disputa pelo ser amado; temperamento muito forte; dominadora e impetuosa; dona dos movimentos que aprendeu dos orixás; dona do teto e do Ilê.

Está presente em todos os campos de batalhas para resolver as grades lutas, principalmente nos caminhos cheios de riscos e não é muito chegada aos afazeres domésticos.
 
Como guardiã de um dos mistérios de Olorum, ela anula as injustiças e dilui os acúmulos emocionais. Tem como atributos atrair os espíritos negativos, recolhendo para os seus domínios até que se esgotem os seus negativismos, para só devolve-los neutros e calmos, para onde serão novamente redirecionados para a luz ou reencarnação.
 
Mitologia
Mesmo ela tendo sido a esposa de Xangô, percorreu vários reinos convivendo com vários orixás, somente não conseguiu o seu intento com Xapanã “Obaluaê”, pois ele nunca se relaciona com ninguém. Dessa forma fez uso de sua inteligência astucia e sedução para aprender e conhecer todos. Com Xapanã aprendeu a tratar dos mortos, conviver com eguns e controlar os mesmos. Iansã com Xangô dono do trovão, aprendeu a viver com fartura e, também, o manuseio do raio e amar verdadeiramente.

 

Orixá que reina nas águas do mar, mãe dos peixes, crustáceos, estrelas, algas, e outros e da maioria dos orixás, dona da maternidade, casamento e famílias e regente do pensamento humano.
 
Boci: adjuntos com Ogum Adiolá ou Xangô Agandjú ou Odé ou Ossanhã ou Oxalá Dacum;
Bomí: com Oxalá Bocum ou Oxalá Orumiláia;
Nanã Borukun; adjuntos com Oxalá Bocum não é cultuada, na nossa “gamela”; deve ser assentada em recipientes de barro se for o caso”. “É a dona do lodo”.
 
Animais: quatro pés – ovelha branca.
Aves: meio quatro pés, pata branca e galinhas brancas.
Número: Seis (06) ou múltiplos. Embora algumas “bacias” usem a conta de oito (08) e múltiplos por tratar-se de orixá do mel. É nosso entendimento que a conta é seis (06) seis, por se tratar de ovino, visto que se em uma matança para Xangô se for castrado carneiro no momento, a Iemanjá poderá comer do mesmo animal.
 
Cor: azul claro, Jeje ou verde água, verde mar no oíó.   
Dia: sexta feira.                                    
Guias: azul claro                                   
Saudação: Omio dô!
 
Oferendas: canjica branca e cocada branca
Ferramentas: peixe, leque, caramujos, barco, âncora, leme, conchas, lua, búzios e moedas, e adorno feminino em prata.
Ervas: manjericão, levante, jasmim, camomila, parreira, poejo, malva, trevo, alga marinha, boldo, violeta, gerânio lágrimas de Nossa Senhora,  que cultua a Nanã. Batatinha, erva de passarinho, feijão preto, melão de São Caetano, mostarda viuvinha e maçã.
Frutas: melancia, coco, melão, mamão, manga, banana, mexerica, uvas de todas as espécies, abacaxi, laranja, banana prata, carambola, melancia. Quem cultua a Nanã, uva, melancia, jaca, maçã, pêra, banana, melão.
 
Sincretismo: Iemanjá - Nanã;
 

Oferendas:

Canjica branca e cocada branca